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Educação, Políticas Públicas e Pessoas com Deficiência Imprimir E-mail
XVII CONGRESSO DE LEITURA DO BRASIL - COLE - UNICAMP - CAMPINAS
 
DE 10 A 13 DE JULHO DE 2007

VI SEMINÁRIO EDUCAÇÃO, POLÍTICAS PÚBLICAS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Coordenadores: Profª Drª Shirley Silva & Dr. Jorge Márcio Pereira de Andrade

AS ARAPUCAS INVENTAM-SE, CONSTROEM-SE, PRODUZEM-SE E REPRODUZEM-SE. É preciso saber desarmá-las?

“O alçapão inventa-se, aprende-se. Eu, hoje, aqui dentro do meu, vivo com toda uma população, pois passei a ser a população...” - Léo Ferre, Técnica do Exílio, Ulmeiro, Lisboa, 1984.

Como afirmar e consolidar os Direitos Humanos sem cairmos em uma negação do sujeito, do singular e multiplicidade? Como romper com possíveis armadilhas que se monta em nome de incluir os desiguais? Como ampliar os horizontes do campo educacional e das práticas cotidianas das escolas, desconstruindo velhas artimanhas? Como os educadores, diante do hiper-capitalismo, das propostas descartáveis e de consumo voraz, podem ajudar na formação de um letramento crítico sobre os ardis institucionais e das práticas macro-políticas?

Não sabemos, não saberemos se nossas práticas não puderem afirmar nossos direitos de diferença diante da homogeneização e da formulação de um pensamento hegemônico ou único sobre o tema da Inclusão. Caminhamos construindo as estradas e não viajando, apenas, por veredas já conhecidas.

Para o poeta, músico e anarquista Léo Ferré, quando nos vemos à nossa verdadeira luz, nos encarando como Humanos, sentimos um intenso e confuso desejo de nos abandonar. Para ele “... a lucidez é um exílio construído, uma porta de socorro, um vestiário da inteligência. E também uma doença que nos leva à solidão...”. Portanto, como nós humanos, demasiadamente humanos poderemos desmontar todas as arapucas das quais participamos ativamente? Estamos cansados, arfantes e exaustos de nossas práticas cotidianas na afirmação de uma escola plural, laica, inclusiva, intercultural e desconcertante?

Todas essas indagações e nenhuma resposta podem ser consolidadas por sobrecargas capitalísticas demandadas pelos desideratos do mercado de trabalho, em especial na armadilha de formação de “recursos humanos”, pela escola e dos educadores, rumo a uma inclusão/exclusão na vida chamada laborativa.

Portanto, é hora de convocação dos poetas, como Ferré, que dizem que vivia entre os homens, que hoje só remotamente eles o preocupam, pois sua letra e sua literatura assim como sua música foram uma afirmação de liberdade anárquica, um reconhecimento de que “os artistas deviam estar longe de tudo, sem quaisquer relações com outras pessoas. Sei disso, repito... e acabo por cair na armadilha...”.

E nós, que aspiramos nosso trabalho como arte, como a indispensável criação da curiosidade e do risco, como o aprender a aprender, precisamos cada vez mais tanto do isolamento poético como da imersão massificada nos cotidianos que nos envolvem, sempre alertas para não perdermos de vista nossas produções de singularidade e diferença.

Nesse VI Seminário estamos afirmando, portanto, a necessidade de um letramento crítico, para além das alfabetizações técnicas e tecnológicas, a fim de enfrentar os sutis e permanentes ‘buracos negros’ de subjetividade e de esgotamento da criatividade, criados e recriados incessantemente pela lógica capitalística. Acreditamos ser o tempo e a hora de propor, para além de um aquecimento global da Terra que nos ameaça, uma reflexão sobre as entrelaçadas relações entre as diversidades, a igualdade, as diferenças e as reproduções de arapucas macro e micro-políticas encontradas nas trilhas de afirmação de nossos direitos humanos.

Talvez uma das saídas e quebras das armadilhas seja o reconhecimento de nossa participação em sua construção, qual a Muralha da China de Kafka, onde deixamos inclusos pedaços-ocos, buracos como simulacros e partes deste muro de separação e/ou proteção diante de supostos ‘invasores ou bárbaros’.

Talvez uma das linhas de fuga possível seja à saída da indiferença diante das multiplicidades, a banalização das violências, a naturalização dos preconceitos contra as diferenças, caminhando para um encontro e não para um progressivo isolamento desses Outros, estas heterogeneidades provocadoras de tormenta e de ternura.

Afirmamos, pois, a possibilidade das pequenas ternuras, como combate aos nossos narcisismos das pequenas diferenças, re-conhecendo como, Paulo Mendes Campos, que: ” ...quem não se envergonha da beleza do pôr do sol ou da perfeição de uma concha; quem desata em riso à visão de uma cascata; quem não se fecha à flor que se abriu de manhã; quem se impressiona com as águas nascentes, com os transatlânticos que passam, com os olhos dos animais ferozes; quem se perturba com o crepúsculo; quem visita sozinho os lugares onde já foi feliz ou infeliz; quem de repente liberta os pássaros do viveiro ... todos eles são presidiários da ternura, e, mesmo aparentemente livre dos outros, andarão por toda parte acorrentados, atados aos pequenos amores da grande armadilha terrestre.”

PROGRAMA
>> 11 de julho (quarta feira)

09:00 - 12:00 h

Mesa Redonda: "Excluindo armadilhas, incluindo direitos – uma outra leitura da escola e da inclusão" - Lisete Regina Gomes Arelaro (FE-USP); Sandra Zákia Lian de Souza (FE-USP); Shirley Silva (SME- Campinas); Rosita Edler Carvalho Local: a definir

14:00 - 17:00 h

Sessões de Comunicação

Local: Salas indicadas no programa impresso

>> 12 de julho (quinta feira)

09:00 - 12:00 h

Sessões de Comunicação

Local: Salas indicadas no programa impresso

14:00 - 17:00 h

Mesa Redonda: "O que é armadilha pode ser refúgio e o que é refúgio pode ser armadilha?" - Jorge Márcio Pereira de Andrade (DEFNET); José Sergio Fonseca de Carvalho (FE-USP); Pablo Gentili (UERJ)

Local: a definir

>> 13 de julho (sexta feira)

09:00 - 10:00 h

Síntese das Discussões e Avaliação

Local: a definir 16º COLE - Aproveite menor valor e faça a sua inscrição - dia 28/03/07

 

fonte:apaebrasil

 
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